quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Running Wild


Formada em 1976, o Running Wild foi uma das mais influentes bandas de heavy metal da Alemanha, ainda sob o nome Granite Heart. A Formação era Rolf Kasparek (também conhecido como Rock 'n' Rolf), Uwe BendigMichael Hofmann and Jörg Schwarz. Pouco a pouco foi conseguindo seu espaço no cenário heavy/speed/power, quando passou para Running Wild, em 1979, por serem fãs de Judas Priest. Já contando com Hasche (bateria) e Matthias Kaufmann (baixo), a banda gravou sua primeira demo-tape. Seu primeiro registro vinílico, chamado Debut Nº1, em1981, conta com duas faixas desse trabalho.
Em 1982, a formação era Rolf, Hasche, Preacher e Stephan Boriss. No ano seguinte, essa formação gravou "Chains and Leather" e "Adrian (S.O.S.)" para a coletânea Rock From Hell - German Metal Attack. No ano seguinte lançam uma coletânea de demo-tapes financia por eles mesmos, Heavy Metal Like a Hammerblow. Este trabalho tem várias versões bootlegs e, portanto, podem ser achadas várias versões com diferentes músicas. A "oficial" contava com as faixas citadas anteriormente, mais as da demo de 81 e com versões ao vivo da "Genghis Khan" e da "Soldiers of Hell". É possível, ainda, encontrar duas versões não-oficiais dessa demo em LP, uma amarela e preta e outra branca e vermelha.
A coletânea Death Metal da Noise Records, de 1984, incluia duas faixas do Running Wild: "Bones to Ashes" and "Iron Heads" (ambas relançadas como bônus em uma futura versão do álbumMasquerade), que agradou bastante a crítica. Neste mesmo ano, eles assinam com tal gravadora, onde lançam o single Victim of States Power e seu primeiro álbum full-lenght, Gates to Purgatory, que atingiu maciçamente o cenário underground, garantindo rápido sucesso e direitos de prensagens em vários países. As letras tinham atmosfera ocultista, que lhes renderam cunho satanista, comum àquela época. É deste álbum um dos maiores clássicos da banda, "Prisoner of Our Time".
Após grande repercussão do primeiro álbum, a dupla que dividia o trabalho de composição, Rolf e Preacher, se desentende e este último deixa a banda, alegando que Rolf estaria agindo ditatorialmente, e seguiu se dedicando à Teologia. Assim, em 1985, Rolf se vê em estúdio para gravar o segundo álbum, Branded and Exiled, com músicas novas escritas em alguns dias apenas. Assim, recrutou uma faixa já conhecida de seu público, "Chains & Leather", e Stephan colabora com a "Evil Spirit". O álbum tinha a mesma temática do anterior, porém menos explícito e mais direto. Contou com Majk Moti (ex-Random) no lugar de Preacher, onde este apenas colaborou alguns poucos solos de guitarra, começando a predominância de Rolf nos trabalhos da banda. A primeira aparição dessa nova formação pode ser vista no bootleg ao vivo Black Demons on Stage, ainda no mesmo ano.
Em 1986 a banda já possuia uma base de fã clube sólida e ampla. Ano em que Rolf decidiu mudar a temática da banda para pirataria, após gostar do resultado da música que tinha desenvolvido na turnê de Branded and Exiled. Esta seria a precursora do que estaria por vir e se tornaria dos maiores clássicos da banda, a "Under Jolly Roger". Com isso, em 1987, é lançado o Under Jolly Roger, com temática quase toda focada em pirataria, marcando toda a carreira da banda. Até então, o cunho histórico visto antes era totalmente superficial. Este álbum já trazia certa mudança também no estilo musical da banda, com certas doses de execuções mais elaboradas, por características de Moti na banda. Neste mesmo período, Hasche e Stephan deixaram a banda muito criticados por Rolf, que via limitações nos mesmos a se adequarem ao novo direcionamento da banda.
1987 já tinha turnê mais extensa e a banda já contava com o criativo Jens Becker no baixo e Stefan Schwarzmann (ex-Cronos Titan, ex-U.D.O. e ex-Accept) na bateria, formação considerada pela maioria como melhor formação da banda, que pode ser vista no álbum ao vivo Ready for Boarding, gravado na turnê daquele ano. Este álbum foi incluído pela renomada revista inglesa Kerrang como dos melhores álbuns do ano seguinte, quando o álbum é lançado.
O álbum seguinte, Port Royal, de 1988, é todo dentro da nova temática e mostra uma musicalidade bem diferente dos anteriores. Mostra linha mais melódicas, influenciado por novas tendências do heavy metal daquela época, onde a maioria das bandas conhecidas apresentavam novos álbuns mais comerciais ou simplesmente mais "leves". Rolf anunciou que almejava um disco bem diferente, tanto dos anteriores quanto dos posteriores. Mesmo desagradando a alguns fãs antigos, o álbum emplacou clássicos eternos, como "Conquistadores", a qual executaram em todas turnês posteriores. A formação que gravou foi a mesma da turnê de Ready for Boarding, porém quem saiu nas imagens do álbum como baterista foi Iain Finlay (ex-Demon Pact), visto que Stefan deixado a banda repentinamente para integrar a U.D.O.
1989 foi um ano promissor para o Running Wild. Com o lançamento do single Bad to the Bone, os fãs puderam ver o que estaria vindo pela frente, onde se acumularam turnês "sold out". Assim, sai o álbum Death or Glory, com um trabalho instrumental magnífico, com requintes de som progressivo à dinâmica agressiva de sempre. O álbum abre com outro dos maiores clássicos da banda, a "Riding the Storm". Contudo, também presenteou os fãs com outro clássico permanente, a "Bad to the Bone". Bom, também, lembrar que Rolf se mostrava afiado em letras de cunho histórico, mostrando um magnânimo trabalho na faixa "Battle of Waterloo". Essa boa desenvoltura já podia ter sido saboreada com as faixas "Port Royal", "Mutiny" e "Calico Jack" do álbum predecessor. E, ainda nesse mesmo ano, é gravado e lançado o vídeo desta turnê, intitulado Death or Glory Tour, gravado em Düsseldorf (Alemanha) no dia 17 de outubro.
No ano seguinte, em 1990, sai o EP Wild Animal, contendo três faixas inéditas e uma regravação da faixa "Chains & Leather". No mesmo ano, Moti e Finlay deixam a banda, onde este último chegou a ser substituído por Jörg Michael na turnê.
Com o grande sucesso do ano seguinte, a banda veio com tudo para 1991, lançando o single Little Big Horn, já contando com Axel Morgan, na outra guitarra, e AC (o roadie da banda) para as baquetas. Pouco depois, é lançado Blazon Stone, álbum mais vendido da banda de todos os tempos. Ainda com temática pirata. Todavia, aqui, mais abrangente. Este álbum também tinha sua faixa de cunho histórico, a "Bloody Red Rose". Uma longe turnê se seguiu e, com tudo indo favoravelmente, a banda lançou uma coletânea contendo 10 músicas dos três primeiros álbuns regravadas, o The First Years of Piracy, dando uma roupagem mais atual às mesmas, especialmente nas melodias de voz.
Mais um ano se passa e "Captain Rolf e seus salteadores" lançam, em 1992Pile of Skulls, outra obra prima candidata a álbum favorita de seus fãs. Nele, era possível ver um cunho crítico às forças militares, políticas e religiosas, consideradas guias da sociedade. A capa foi a primeira feita totalmente por Andreas Marschall e captava bem o intuito da banda para o ideal deste álbum mais sombrio. Rolf ficou 100% satisfeito com o som da bateria e dignificou uma grande produção geral. As letras vieram mais embasadas em grandes obras literárias, como "Communion" de Whitley Strieber e no grande clássico "A Ilha do Tesouro" de Robert Louis Stevenson, esta com a fenomenal faixa-épica "Treasure Island". Assim como mostra um pouco da história de Henry Jennings, na faixa "Jenning's Revenge". A formação contava dessa vez com Rock 'n' Rolf, Axel Morgan, Thomas Smuszynski (ex-Darxon, ex-Axel Rudi Pell e ex-U.D.O.) no lugar de Jens Becker e Stefan Schwarzmann, novamente. Porém, ao fim de mais uma grande turnê, mais precisamente no Japão, Rolf despede toda equipe, incluindo a crew. E apenas "Bodo", apelido de Thomas, permanece. Um single foi lançado neste ano, o Lead or Gold, e outro estava pronto para ser lançado, também com a arte a cabo de Andreas Marshall finalizada, o Sinister Eyes. Contudo, por ter sido dispensado, Stefan não autorizou o uso de uma música dele que estaria presente. Esta faixa é a "Skulldozen" e o fato culminou no não-lançamento de tal obra. Mais tarde, Axel, Jens e Stefan se juntariam e formariam o X-Wild, onde viriam a reaproveitar esta faixa, com nova letra (a original era de Rolf), vindo a se chamar "Skybolter".
Em 1994, contando com Thilo Hermann (ex-Holy Moses, ex-Faithful Breath, ex-Glenmore, ex-Risk) para o lugar de Axel Morgan e Jörg Michael, que novamente tinha substituído Stefan em turnê, pelo fato de o mesmo ter rompido alguns ligamentos do seu braço esquerdo, o Running Wild lança Black Hand Inn, um álbum mais direto. As ilustrações continuavam a cabo de Andreas Marshall, mostrando um teor apocalíptico dentro do enfoque de tempos antigos, influenciadas pela obra O 12º Planeta, de Zecharia Sitchin, na faixa-épica de mais de quinze minutos "Genesis (The Making and Fall of Man)". O palco ainda contava com o grande crânio em que a bateria ficava e pirotecnias habituais, apesar de pouco mais "enxuto". A faixa "Souless" costuma ser muito executada em concertos posteriores e já era possível ver o surgimento de linha mais hard rock antigo, que acompanharia a banda para os álbuns sucessores. Ainda neste ano, foi lançado o single The Privateer, incluindo uma faixa não-realizada da banda, da autoria de Preacher, a "Dancing on a Minefield".
No ano seguinte, 1995, sai Masquerade, com a mesma formação do álbum anterior. Todavia, Rolf testa uma dinâmica mais agressiva, com guitarras rítmicas mais altas e mais efeitos na voz, diferenciadamente dando mais agressividade a esta obra. Mas, ainda assim, era possível ver pegadas hard rock em algumas faixas, como "Rebel at Heart", "Demonized" e "Metalhead". A partir de Pile of Skulls, as turnês foram se concentrando cada vez mais nas proximidades da Alemanha. Mesmo com três anos de hiato para o lançamento seguinte, a turnê de Masquerade já não foi muito extensa. Neste álbum, Rolf introduziu a primeira parte de uma trilogia, vindo a ser concluída nos dois álbuns seguintes. O tema é uma batalha entre o Bem e o Mal. Nesta primeira parte, o Mal se mostra mais presente, usando as forças sociais dominates, citadas em Pile of Skulls, como almas vendidas ao demônio, como é possível ver nas belas ilustrações de Andreas Marschall, então, sendo chamados "Mascarados".
Diferentemente do álbum anterior, o álbum seguinte, The Rivalry, de 1998, trazia uma faixa não composta por Rolf, a "Adventure Galley", onde Rolf ficou a cabo apenas das letras. A produção deste álbum foi mais refinada que todos álbuns anteriores e era possível ver cada detalhe de todas execuções, portanto mais "limpa". Porém, começava um período de menor agressividade na linha da banda. Um álbum extenso, de quase 78 minutos de duração, resultado do tempo de lançamento do álbum anterior para este, que trazia o choque das forças do Bem e do Mal, dando sequência à trilogia iniciada no álbum anterior.
Victory é lançado em 2000 e conclui a trilogia dos álbuns anteriores, com a ascensão do Bem, assim, vencendo o Mal. Mesmo com boas faixas, este álbum vinha trazendo menos vigor que os anteriores e o Running Wild começou a ser visto como trabalho-solo de Rolf. As vozes já estavam mais limpas, sem os efeitos variados presentes nos outros álbuns e o que tornaria a acontecer nos demais álbuns daqui para frente. Outro fato marcante foi a saída do baterista Jörg Michael, que já vinha excursionando com o Stratovarius, e foi substituído por Angelo Sasso, pseudônimo de um provável programador de bateria eletrônica. Thilo deixaria a banda neste álbum.
The Brotherhood viria em 2002, com andamento similar ao do seu predecessor, mas praticamente sem pedais duplos. A formação era somente Rolf tocando as guitarras, Peter Pichl (ex-Yargos) no baixo, no lugar de "BODO", e Angelo, ainda assinando como baterista. Mesmo com turnês curtas, foi lançado um show ao vivo nesta turnê, Live, onde Bernd Aufermann (ex-Angel Dust) foi contratado para executar a outra guitarra ao vivo e Matthias Liebetruth (ex-Victory) para a bateria.
Em 2003, Rolf se apresentaria mais estafado, por estar trabalhando muito em seu estúdio, o Jolly Roger Studio, onde vinha equipando bastante o mesmo e trabalhando na nova coletânea que viria a ser lançada naquele ano, intitulada 20 Years in History, onde a mesma traria duas faixas de cada álbum full-length já lançado pela banda, incluindo alguns canais extras na maioria delas, para reavivar alguns pontos mais escondidos das produções anteriores, segundo ele. a obra traria também versões regravadas de "Mordor" e "Branded and Exiled" e duas faixas não-realizadas pela banda, "Prowling Werewolf" e "Apocaliptic Horsemen". Em entrevistas, Rolf citou o fato de não ter tido descanço da turnê de The Brotherhood, imendando aos trabalhos do ano seguinte, que só encerrou com o lançamento desta coletânea.
Então, em 2005, é lançado Rogues En Vogue, composto e gravado no Jolly Roger Studio. Para este álbum, Rolf contou com a colaboração de arranjos de Peter e Matthias. Apesar de distorções guitarras mais agressivas e mais criatividade/variação nas composições, esta obra ainda trás semelhanças aos álbuns mais recentes, mesmo que com destaque.
Em 2006 é lançada a coletânea Best of Adrian, contendo faixas da fase mais atual da banda. A essa altura, Rolf já tinha seu outro projeto, o Toxic Taste, e já alegava andar mais focado em seu outro trabalho, não revelado ao público.
Eis que, em 17 de abril de 2009, é anunciado o fim da banda, deixando uma legião de órfãos. É feito um concerto para marcar a despedida do Running Wild dos palcos, no dia 30 de junho de 2009, onde Rolf mostrou mais uma vez o poder de seu carisma e interação com o público. Este show foi gravado e será lançado em breve, pré-intitulado The Final Jolly Roger, onde Peter Jordan ficou a cabo da outra guitarra e Jan S. Eckert (Masterplan, ex-Iron Savior) do baixo, mas apenas para este evento.   Fonte: Wikipédia

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